Perante o cenário de crise econômica e as dificuldades inerentes à abertura e à administração de uma empresa no Brasil, boa parte da população sonha em ter um negócio próprio.
Um levantamento realizado pela OnePoll revela que 77% dos profissionais do país tem essa ambição. Entre os motivos citados para tal, estão ser o próprio chefe, ter horários flexíveis e as chances de maiores ganhos financeiros.
Por outro lado, muitos dos entrevistados também chamaram a atenção para as dificuldades inerentes a esse projeto. Sendo que 69% deles, por exemplo, afirmam que o alto custo inicial necessário para dar início à empreitada é um dificultador importante.
Além disso, outros 24% afirmam, ainda, serem inseguros sobre os primeiros passos a serem dados.
A boa notícia é que, atualmente, a tecnologia permite empreender de uma forma mais simples e fácil.
Além de parte dos trâmites burocráticos referentes à abertura e à manutenção do estabelecimento ser facilitada, a rede proporciona uma série de modelos de negócio que podem ser adaptados à realidade de cada empreendedor.
E-commerce é opção mais tradicional
Vender produtos pela internet é um dos modelos de negócios mais tradicionais da rede. Além disso, ele é cada vez mais atual: devido à pandemia de Covid-19 e à necessidade de se reduzir o contato social, fazer compras online tem se tornado praxe para muitas pessoas.
Essa nova conscientização do consumidor fez com que as vendas online crescessem 47% no primeiro semestre do ano, segundo pesquisa da Ebit/Nielsen em parceria com a Elo.
Atentos a isso, os empreendedores arregaçaram as mangas. Nesse período também foi registrado um crescimento de cerca de 300% na criação de novas lojas virtuais.
Quem opta por esse modelo deve ter em mente que a concorrência é acirrada. Por conta disso, é preciso investir tempo e dinheiro em elementos como a segurança e o design da página.
Também é interessante se inspirar nos cassinos online que oferecem diversas formas de pagamento. Sob o ponto de vista do cliente, é interessante escolher como pagará por sua compra.
Marketplaces são acessíveis para os pequenos
Por mais que um e-commerce possa ser extremamente rentável, iniciá-lo pode exigir um investimento alto.
Além das despesas regulares, é preciso levar em conta a remuneração de programadores, designers e, em alguns casos, consultores especializados. A conta pode ser alta, e, assim, inviabilizar o projeto de muitos empreendedores de primeira viagem.
A boa notícia é que, recentemente, surgiu um novo modelo de negócio para quem pretende vender produtos pela internet: os Marketplaces.
Neles, é possível que uma empresa pequena comercialize os seus produtos em sites maiores, mediante o atendimento de certos requisitos e o pagamento de certos valores.
É uma alternativa viável até que os empreendedores tenham o valor necessário para investir em um site próprio.
Vender serviços pela internet também é possível
Para vender, não importa qual seja o seu negócio, é preciso satisfazer o cliente. Na internet, essa lógica é maior ainda.
Então, ao avaliar estratégias de vendas de serviços, é preciso planejar sua oferta mais do que apenas um serviço, mas como uma solução a ser proposta ao cliente.
Ainda que a venda de produtos seja mais tradicional, já há várias empresas que comercializam serviços pela internet.
Hoje em dia, os serviços mais comuns comercializados pela internet e que, na verdade, definiram um novo rumo nesse mercado, são os de consultoria de marketing digital.
Claro que muitos outros serviços são comercializados, entre eles, os cursos online, turismo e outros serviços profissionais de todos os tipos.
SaaS é opção para quem pode investir mais
Além de proporcionar modelos de negócio até então inexistentes, a internet facilita a gestão dos estabelecimentos mais tradicionais.
É o caso, por exemplo, dos sistemas de gestão ERP: por meio do cruzamento de dados, eles permitem a visualização de informações estratégicas de forma integrada, facilitando a tomada de decisões.
Trata-se, portanto, de um mercado promissor: é o software as a service, ou, simples, Saas. Nele, o cliente paga para ter acesso a determinado sistema, em vez de um produto.
Apesar disso, esse nicho requer um investimento inicial considerável. Normalmente, é preciso se dedicar à programação da ferramenta por meses até que ela esteja em um nível adequado para ser comercializada.
Na prática, é um longo período até que o negócio passe a ter algum faturamento. Depois disso, há, ainda, o desafio de se colocar de forma competitiva no mercado, que é acirrado. Mesmo assim, as chances de sucesso de um software bem-feito são grandes.
Independentemente do modelo, experiência do cliente é fundamental
Por mais que cada modelo de negócio que a internet torna possível tenha as suas particularidades, há algumas boas práticas que perpassam todos eles.
A principal delas é a experiência do cliente. Independentemente do ramo e do modelo escolhido, ela deve ser o norte de todas as operações.
Além disso, é preciso ter em mente que a experiência envolve desde o primeiro contato do cliente com o produto ou serviço até o pós-venda.
Elementos como a aparência do site, a sensação de segurança por ele proporcionada e o leque de formas de pagamento fazem parte do rol de itens considerados determinantes para que o público não apenas decida experimentar o seu produto ou serviço, mas recomendá-lo e investir nele muitas outras vezes.